terça-feira, 27 de novembro de 2012

Caruso leva anônimos para o centro do Roda Viva


Caruso leva anônimos para o centro do Roda Viva

Exposição “Roda Viva 25 anos, o Brasil passa por aqui” traz os desenhos produzidos pelo cartunista durante as mais de duas décadas de programa.
Thábata Mondoni
23/09/11 
Caruso no centro do Roda VivaUma Roda Viva onde qualquer um pode sentar no centro. E ainda desenhada pelo cartunista Paulo Caruso. Essa é uma das principais atrações da exposição “Roda Viva 25 anos, o Brasil passa por aqui”, que traz 25 desenhos produzidos por Caruso. Segundo o cartunista, agora “anônimos podem se sentir personalidades do Roda Viva”, e ainda conferir os desenhos selecionados para a mostra.
Desenho Leonel BrizolaSayad no centro da rodaEntre os desenhos escolhidos, estão o humorista e apresentador Jô Soares, o ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola, o médico americano Patch Adams, o rapper Mano Brown e o cineasta José Padilha. A exposição fica em cartaz até o dia 30 de dezembro, no Espaço Cultural BM&FBOVESPA. Nas obras, uma série de gestos, respostas marcantes, polêmicas e muito humor, que contam grandes momentos do Brasil.
E quem pensa que após 25 anos desenhando na frente das câmeras nos estúdios do Roda Viva, Caruso já não tem mais o que inventar, está enganado. O cartunista explica que esse foi um grande exercício de criatividade e que não pretende parar tão cedo.
Caruso produziu mais de 1.200 charges nesses 25 anos junto com o programa. E agora, algumas dessas, escolhidas a dedo pelo cartunista, podem ser vistas por qualquer pessoa. Para o presidente da TV Cultura, João Sayad, Caruso foi fiel aos grandes momentos do programa. Segundo Sayad, o Roda Viva representa um programa de maior importância na televisão brasileira, que fez história, e em breve retornará ao seu formato ao vivo e interativo, com a participação dos internautas.

Chargista Paulo Caruso expõe 40 caricaturas sobre jazz


Chargista Paulo Caruso expõe 40 caricaturas sobre jazz

Na mostra gratuita "A Cara do Jazz", inaugurada nesta sexta-feira (13) no The Square Open Mall (Cotia), o chargista Paulo Caruso expõe 40 desenhos feitos ao vivo durante performances no Free Jazz Festival, em 1991, e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1997
As imagens são reproduções dos originais feitos ao vivo por Caruso durante performances no Free Jazz Festival, em 1991, e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1997.
O público também poderá assistir a um show de piano de Caruso, que também é músico, e que recebe a cantora de jazz Sarah Chretien com seu quinteto. Ele também irá desenhar ao vivo a caricatura do show em 29 de julho e 19 de agosto, às 16h, na Praça das Árvores do shopping.
O cartunista também é apresentador do programa "A Cara do Jazz", na rádio Eldorado.


















Divulgação
Desenhos do cartunista Paulo Caruso (foto) estão na exposição "A Cara do Jazz" a partir de sexta (13)
Desenhos do cartunista Paulo Caruso (foto) estão na exposição "A Cara do Jazz" a partir desta sexta-feira (13)

Projeto Arte/Inconsciente


Paulo Caruso e Caco Galhardo são os convidados de hoje do projeto Arte/Inconsciente

Pedro Brandt
Paulo Caruso: "nosso trabalho é o que sai no jornal, não é uma obra de arte para pendurar"
No lugar das enormes orelhas, borboletas. Foi assim que o caricaturista Paulo Caruso representou o escritor paulistano Gustavo Teixeira numa ilustração feita para uma publicação do autor. “Descobri depois, pelo texto de introdução do livro, que o Gustavo sempre rimava borboletas com violetas”, diverte-se Caruso. A associação foi coincidência. Ainda assim, não está muito longe do processo criativo do desenhista. “É uma síntese em cima da personalidade da pessoa. Uma relação entre fisionomia e psicologia”, detalha.

Este é o trabalho do caricaturista: de alguma forma, mostrar mais que um retrato, comunicar ao leitor algo sobre quem está retratado no desenho. Para isso, o caricaturado pode estar refletido tanto num espelho quebrado quanto numa lente de aumento. A caricatura evidencia o complexo alheio? Talvez. É sobre este assunto que Paulo Caruso debaterá hoje, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em mais uma edição do projeto Arte/Inconsciente. A seu lado, estará outro colega de profissão, Caco Galhardo. Quem fará a mediação é o jornalista Paulo Paniago.

O cartunista observa que mesmo não sendo um caricaturista, seu trabalho também passa pela área de atuação de Caruso. “Afinal, o que eu faço não deixa de ser uma caricatura da realidade. Mas no debate, a minha colaboração será mais metafórica”, comenta Caco.

No encontro desta noite, a troca de ideias e experiências será uma via de mão dupla, mais do que uma aula, uma palestra. “Muitas vezes, o artista não pensa muito nas questões que envolvem sua produção. Esses encontros são legais por causa disso: para pensar no que a gente tá fazendo, olhar para o próprio trabalho. Nisso, eu acabo descobrindo coisas que passam batido”, avalia Galhardo. “É um encontro nosso com o público. Eu e o Caco vamos tentar puxar para o processo de criação. Dar alguns exemplos de como a caricatura evolui — inclusive, seu processo ideológico”, adianta Caruso.

Sobre sua atual produção, o caricaturista afirma que a acidez é elemento mais do que necessário: “Hoje em dia, a corrupção na política é tanta que não tem saída. A caricatura tem que ser mais impressionista, mais cáustica”, comenta. Ele cita como exemplo o trabalho do americano Ralph Steadmann que, quando do caso Watergate — evento que resultou na renuncia do então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon —, fez um desenho (um coração sendo extirpado da bandeira americana) que chocou muitos leitores. “Foi como um soco no fígado da maioria que não percebia o que acontecia ali”.

Política

Galhardo vai numa outra direção, buscando inspiração em outros comportamentos do ser humano. “Já abandonei a política. Não acredito mais nisso. Não aposto mais nenhuma ficha nos políticos. Acho que falar de política é a cultura de ficar reclamando. Parece que você tá tirando um peso das costas, mas não resolve o problema da gente. Uma banana pra eles!”

Quanto ao assunto volta à política, numa coisa eles concordam: os políticos são personagens prontos, caricaturas ambulantes. “Eles parecem uma invenção. Principalmente quando saem em campanha”, aponta Galhardo. “Certa vez, o Tancredo Neves falou para o meu irmão (Chico, também desenhista): você é muito bom quando faz os outros. No geral, as pessoas gostam dos nossos desenhos. Tem político que guarda, pede pra gente fazer um desenho para eles colocarem na parede do gabinete — mas nosso trabalho é o que sai no jornal, não é uma obra de arte para pendurar”, avisa Paulo Caruso.

Se ver caricaturado, eles garantem, não é um problema. Galhardo entende que isso não passa de uma brincadeira. “O sarcasmo tá embutido na caricatura. Já vi umas do Ronaldinho Gaúcho que são a coisa mais deformada. Tem que compreender que aquilo ali é uma gracinha, uma piada”, comenta. “Como tenho um irmão gêmeo, me vejo indo embora. A minha imagem pra mim é muito palpável”, conta, entre risadas, Paulo Caruso.

Cartunista Paulo Caruso

Paulo Caruso

Cartunista e caricaturista, Paulo Caruso já trabalhou em todos os grandes jornais e revistas do país. Mas foi na revista IstoÉ, na qual manteve por 20 anos a coluna Avenida Brasil – um retrato bem-humorado da política brasileira na última página da publicação –, que seu trabalho se tornou mais conhecido. Atualmente publica essa página na Revista de Domingo do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.
Autor de diversos livros de humor e histórias em quadrinhos, possui trabalhos no Museu da Sátira e Caricatura da Basiléia, na Suíça, tendo participado também de outras exposições do gênero na França, na Itália e nos EUA. Foi premiado em 1997 no Salão Carioca de Humor da Casa de Cultura Laura Alvim e no Salão Internacional do Desenho de Imprensa em Porto Alegre. Expôs no Masp, onde conquistou junto com seu irmão Chico Caruso o prêmio de melhor desenhista no ano de 1991, pela Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA.
Em 1990, organizou para o Memorial da América Latina em São Paulo o 1º Encontro Brasil x Argentina de Humor, que contou com a participação dos mais influentes artistas do gênero entre os dois países. Em 2002 lançou a coletânea de charges publicadas pela Folha de S.Paulo sobre a corrida presidencial, intitulada Grande Prêmio Brasil – No Galope do Ibope. Em 2003 lançou pela Imprensa Oficial do Estado a cartilha ilustrada sobre o novo código civil brasileiro e o livro Piracicaba – 30 anos de Humor, contando a história do mais antigo e festejado salão de humor do país. Em 2003, lançou o livro de textos e desenhos sobre a cidade intitulado São Paulo por Paulo Caruso, ganhador do troféu HQ MIX desse ano.
Na área musical, lançou seu primeiro CD em 1998. Pra seu Governo teve a participação do Conjunto Nacional e contou com a presença de Chico Caruso, Luis Fernando Verissimo e Aroeira. Em 2001, Paulo lançou o segundo CD em parceria com o Conjunto Nacional, gravado ao vivo no Mistura Fina da Lagoa, uma sátira musical intitulada E La Nave Va, pela Som Livre.
Depois de publicar suas charges e caricaturas em O Pasquim 21, no qual teve oportunidade de experimentar as dimensões standard de um jornal a cores, atualmente trabalha para diversos veículos. NoJornal do Brasil,faz comentários bem-humorados sobre a política e a vida na cidade. Já na TV Cultura, participa do programa Roda Viva, no qual faz caricaturas ao vivo das personalidades e dos assuntos debatidos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Pasquim: a Revolução pelo Cartum 4/4

O Pasquim: a Revolução pelo Cartum 3/4

O Pasquim: a Revolução pelo Cartum 2/4

O Pasquim: a Revolução pelo Cartum 1/4

Ziraldo -- O Pasquim

Ziraldo 80tão - Parte 03

Ziraldo 80tão - Parte 02

Ziraldo 80tão - Parte 01